Recife é a 2ª capital em transparência de dados públicos sobre a Covid-19
Recife é a segunda capital mais transparente do Brasil em relação à divulgação dos dados relacionados à covid-19, de acordo com a análise do Índice de Transparência da Covid-19 (ITC-19 3.0). A informação foi divulgada no dia 8 de outubro pela Open Knowledge Brasil (OKBR) com base nos dados de 22 de julho a 6 de outubro e trata-se de um reconhecimento ao aperfeiçoamento da base de dados públicos da Prefeitura do Recife sobre a pandemia.
Recife, que ocupava até então o terceiro lugar com nível “Bom”, melhorou a navegação no site, publicou bases de microdados mais completas e incluiu mais informações em seus painéis e boletim, alcançando o nível “Alto” e a segunda posição,). A capital pernambucana estava com 78 pontos e, nessa última avaliação, pontuou 94, mostrando o comprometimento da gestão com uma campanha de vacinação eficiente e transparente. No novo ranking, a capital pernambucana só fica atrás de João Pessoa.
De acordo com a divulgação, na maioria das capitais não é possível ter um panorama demográfico completo das pessoas afetadas pela Covid-19. Os seis itens avaliados pelo ITC-19 no grupo “Perfil de Casos” são atendidos apenas por cinco cidades: Recife, Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Manaus (AM) e Porto Alegre (RS). Todas publicam bases de microdados (parciais ou completos), o que é uma boa prática para detalhamento de informações. As cinco cidades também são as únicas onde a informação sobre a etnia de pessoas indígenas que contraíram a doença está disponível. Em alguns casos, como São Paulo, o dado estava desatualizado. Este é o indicador menos transparente em “Perfil de Casos”, com apenas 19% de taxa de atendimento.
O Índice da Transparência da Covid-19 nas capitais leva em conta três dimensões e 34 critérios:conteúdo, granularidade e formato. Na dimensão de conteúdo são considerados itens como notificações de casos, idade, sexo e raça/cor de pacientes confirmados e de pessoas vacinadas; informações sobre grupos prioritários e cobertura da vacinação; além de dados sobre a infraestrutura de saúde, como ocupação de leitos, testes disponíveis e aplicados e doses de vacina recebidas e distribuídas. Na de granularidade. avalia se os casos e dados de pessoas vacinadas estão disponíveis de forma individual e anonimizada; além do grau de detalhamento sobre a localização (por município ou bairro, por exemplo). E por fim, na dimensão de formato, consideram-se pontos positivos a publicação de painéis analíticos, planilhas em formato editável e navegação simples.