PSB pode receber deputados federais de outras legendas e montar ‘chapão’ em PE para 2022

Pedro Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos / Foto: reprodução

Por JC Online

A um ano das eleições de 2022, o PSB de Pernambuco já tem no panorama possíveis nomes para a disputa de cadeiras na Câmara dos Deputados. A legenda atualmente tem cinco parlamentares na Casa e pretende ampliar o número de representantes no Legislativo por Pernambuco.

Para as eleições do próximo ano, são dadas como certas nos bastidores do PSB as candidaturas à reeleição dos atuais cinco federais da sigla: Danilo Cabral, Felipe Carreras, Gonzaga Patriota, Milton Coelho e Tadeu Alencar.

Além deles, o PSB trabalha com a possibilidade de receber deputados federais que são de outros partidos, mas que teriam dificuldades de montar chapas proporcionais nas suas atuais respectivas legendas. A dificuldade ocorre em razão da tendência do Senado de rejeitar as coligações entre partidos para as disputas de deputado federal e estadual, apesar da Câmara ter aprovado a volta. Ou seja, sem coligações, os grandes e médios partidos são favorecidos.

Com as dificuldades em montar chapas, poderão migrar para o PSB os deputados federais Augusto Coutinho (Solidariedade) e Sebastião Oliveira (Avante). O PSB ainda observa chances, mesmo remotas, de Raul Henry (MDB) migrar. Os três parlamentares são presidentes estaduais dos respectivos partidos, mas, nos bastidores, estão cientes das dificuldades para a montagem de chapas, sem as coligações.

O deputado estadual Guilherme Uchôa Junior, atualmente do PSC, é visto como provável candidato a deputado federal pelo PSB. Além dele, quem poderá migrar para a legenda é o vereador do Recife Eriberto Rafael (PP), filho do presidente da Assembleia Legislativa Eriberto Medeiros. Os dois têm apresentado divergências internas com o presidente do PP em Pernambuco, deputado federal Eduardo da Fonte.

Além da probabilidade de chegada de deputados de outros partidos para 2022, o PSB tem nomes internos cotados para a chapa de deputado federal. Entre eles, o engenheiro Pedro Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos e irmão do prefeito do Recife, João Campos (PSB); e os deputados estaduais Lucas Ramos e Clodoaldo Magalhães.

Clodoaldo, inclusive, virou desafeto da bancada federal do PSB. Os atuais deputados alegam que o primeiro secretário da Assembleia Legislativa tem avançado sobre as bases eleitorais dos colegas de partido.

Pedro Campos é visto como “puxador de votos” da chapa.

Ainda há hipótese do governador Paulo Câmara tentar uma vaga na Câmara Federal, embora a situação dele esteja em aberto. Hoje, a maior chance é dele concluir o mandato no Palácio do Campo das Princesas.

Com um “chapão” competitivo, se isso concretizar, há quem projete nos bastidores da sigla a eleição de 8 a 9 deputados federais do PSB. “Se (o ex-prefeito e atual secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco) Geraldo Julio for eleito governador, pode até chamar dois para serem secretários, abrindo espaço em Brasília para os suplentes exercerem mandatos”, projeta um membro da Executiva estadual do PSB, sob reserva de fonte. “Tudo isso vai ser fruto de acordo nas articulações para essas possíveis migrações”, acrescenta.

Sérgio Xavier

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