Rede municipal de ensino do Cabo se prepara para receber crianças com microcefalia

A rede de ensino do Cabo de Santo Agostinho começa a acolher as crianças com microcefalia relacionadas ao surto do zika vírus que aconteceu em 2015. Atualmente no município são 12 crianças nessa condição, mas apenas 10 estão matriculadas nas escolas.

Pensando numa qualidade de ensino melhor, os professores de apoio e também do Atendimento Educacional Especializado (AEE), participaram na tarde de sexta-feira (17), de uma formação para atender essas crianças.

A formação aconteceu no auditório da Secretaria de Educação, através de palestra com a participação da enfermeira responsável pela Síndrome Congênita do Zika Vírus da rede de saúde, Nobélia Duarte. Ela falou sobre o conceito da deficiência, dos serviços de atendimento no município, do acompanhamento e sobre toda orientação quanto ao manuseio da alimentação e medicação.

“O essencial é o vínculo dos professores com os pais dos alunos, para saber a necessidade de cada criança. Em nosso município temos profissionais da rede de saúde para atender as crianças no Hospital Infantil Dr. Adailton de Alencar, com especialidades em fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, nutrição e pediatria”, disse.

A formação contou com orientações pedagógicas da professora e pedagoga Risalba Vasconcelos. Ela explicou sobre as maneiras de adaptação de material de ensino, como estabelecer a comunicação com essa criança, forma de acolhimento e escuta das famílias.
A maioria das crianças com a síndrome estão na educação infantil, matriculadas nos Centros Educacionais Infantis (CEIs).

Nesta terça-feira (21) a formação terá continuidade com os professores braillistas (que atendem os estudantes com deficiência visual). A formação será em horário integral priorizando o horário de trabalho do professor.

Sérgio Xavier

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