Experiência de Gestão do Fundo Socioambiental da Rota dos Coqueiros será apresentada durante evento sobre ESG, em São Paulo
O presidente do Conselho de Administração da Monte Rodovias e professor da Fundação Dom Cabral, Carlos Braga, fará a abertura de congresso sobre o tema, que acontece nesta quarta-feira (14)
A expansão das possibilidades de aplicação de ESG está em pauta. Nesta quarta-feira (14), o presidente do Conselho de Administração da Monte Rodovias e professor da Fundação Dom Cabral, Carlos Braga, ministra a palestra de abertura da primeira edição do Congresso Internacional de ESG para Cidades, em São Paulo. Durante sua apresentação, irá abordar, entre outros assuntos, a experiência de gestão do Fundo Socioambiental da primeira Parceria Público-Privada de rodovias do Brasil, a Concessionária Rota dos Coqueiros, em Pernambuco.
O modelo executado na concessão é inovador, pois tem práticas de ESG – ambiental, social e governança – já previstas em contrato celebrado com o Governo do Estado, em 2006, com a previsão de execução dos Programas de Gestão Social e Ambiental. A atuação dessas iniciativas gira em torno de quatro eixos: desenvolvimento social e empreendedorismo, cultura organizacional, agenda ambiental e educação para o trânsito, beneficiando o sistema viário e o território de influência.
O valor do Fundo Socioambiental responsável pela execução dos programas pode ser composto por três fontes: compartilhamento do excedente de receita de pedágio, aporte anual da concessionária e captação de recursos. A gestão é feita por uma sociedade civil sem fins lucrativos.
Dentre as ações elaboradas, pode-se mencionar a produção do podcast Rota Viva, uma série jornalística sobre Educação de Trânsito, disponível na plataforma Spotify; o voluntariado Rota da Leitura, que estimula a leitura para crianças da educação infantil e ensino fundamental; a elaboração de um diagnóstico socioambiental da região; e o aplicativo Faz Tudo Rota Viva, que busca fortalecer o empreendedorismo local.
“O que fazemos há anos na Rota dos Coqueiros é um exemplo muito claro de que é possível implementar ESG de forma que faça sentido com o negócio, mas que seja capaz de ir além dele. É considerar transformações pelas quais a sociedade vem passando e encontrar formas de conectar tudo isso de maneira sustentável, inovadora e humanizada, por exemplo, seja você uma empresa de grande ou pequeno porte, privada ou pública”, comenta Carlos Braga.
O EVENTO – Realizado pelo Instituto Sociocultural Brasil-China (Ibrachina) e pelo hub de inovação Ibrawork, o congresso busca ampliar a discussão sobre ESG no Brasil, juntando gestores públicos, empresas, membros da academia e sociedade civil. A programação conta com palestrantes internacionais, além de especialistas em práticas de ESG na academia, negócios, corporações, governo e setores que compreendem as logísticas urbanas.
