Ministro da Pesca André de Paula recebe integrantes do Movimento dos Pescadores Artesanais e inicia discussão de demandas
Fotos: Adriana Lima/MPA
Integrantes do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) de diversos estados do país e do Distrito Federal foram recebidos, nesta quinta-feira (2), em Brasília, pelo ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.
De acordo com o ministro, esse foi um primeiro contato com o MPP, que teve a oportunidade de levar ao MPA as principais demandas do setor. “A pesca artesanal, que tem como secretário nacional o professor Cristiano Ramalho, terá papel de destaque e será uma das grandes prioridades do Ministério, nesse governo”, destacou.
O MPP foi fundado em 2010 e defende ações fundamentais para o segmento, a exemplo da defesa dos territórios pesqueiros, já que sem os mares, rios e manguezais é impossível a existência da atividade e de suas respectivas comunidades. Um segundo aspecto imprescindível, defendido pelo MPP, diz respeito ao combate ao racismo ambiental e à valorização da mulher pescadora, do reconhecimento de seu trabalho e direitos.
Importância do MPP
Segundo o secretário Cristiano Ramalho, que há mais de 26 anos estuda esse universo, mais de 40% das pessoas vinculadas à pesca artesanal estão concentradas no Nordeste brasileiro e são, em sua grande maioria, pretas e pardas.
“O MPP atua na maioria dos estados e é um movimento expressivo, que se organiza de forma democrática, respeitando questões de gênero, raciais, regionais e geracionais, valorizando os mais experientes e os mais jovens, que são importantes para a renovação da existência da pesca”, diz Ramalho.
“Se a gente for imaginar as principais agendas de lutas do MPP no país, compreenderemos que se trata de um sujeito decisivo, um ator importante. Por essa razão, foi valioso o gesto do ministro, de receber o Movimento, que, por outro lado, também manifestou total apoio à gestão que se inicia. Acolher a agenda dos pescadores e pescadoras artesanais e transformá-la em políticas públicas é fundamental”, acrescenta o secretário.