Brasil se une a mais de 40 países contra a pesca ilegal
Comitiva do Ministério da Pesca e Aquicultura representou o país como signatário do pacto liderado pela Noruega.
Carlos Mello, secretário-executivo do MPA, destaca a volta do Brasil à comunidade internacional contra a pesca ilegal
– Foto: Rafael Dias/MPA
Durante a Blue Justice Conference, concluída nesta sexta-feira (24) em Copenhague, Dinamarca, o Brasil se uniu aos mais de 40 países presentes e se comprometeu a aperfeiçoar os mecanismos de monitoramento, pesquisa e estatística como forma de combater a pesca ilegal no seu mar territorial e bacias hidrográficas.
“Nosso país está de volta à comunidade global e alinhado ao objetivo de construir um modelo pesqueiro sustentável, eficiente do ponto de vista econômico, mas que preserve os estoques de peixes para alimentar também as gerações futuras”, disse o secretário-executivo do Ministério da Pesca e Aquicultura, Carlos Mello, que representou o ministro André de Paula na conferência.
A iniciativa Blue Justice é uma parceria global liderada pelo Departamento de Pesca e Aquicultura da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pela Noruega. Seu objetivo é promover a cooperação internacional para combater a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada e outras atividades ilícitas relacionadas à pesca, como a pesca excessiva e a exploração de trabalhadores em alto-mar.
O Brasil, que aderiu à iniciativa em 2022, e as demais 40 nações signatárias da Declaração de Copenhague traçaram planos de ação para combater os crimes no setor pesqueiro utilizando inovação digital.
Combater a pesca ilegal, não reportada e não regulada assegura o futuro da atividade, evita distorções de mercado e reforça a sustentabilidade dos estoques pesqueiros em escala global.
Liderada pela Noruega, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, PNUD, a Iniciativa Blue Justice, traduzida como Justiça Azul, conta com plataformas digitais para compartilhamento de informações entre as autoridades pesqueiras globais. Assim, ela compartilha boas práticas de monitoramento e combate à pesca ilegal.
A comitiva brasileira contou com a secretária de Registro, Monitoramento e Pesquisa, Flávia Lucena, e o chefe da Assessoria Internacional do MPA, Rafael Dias.