Clodoaldo quer transformar instituições com curso de medicina em postos de doação de sangue

Clodoaldo quer transformar instituições com curso de medicina em postos de doação de sangue

Iniciativa quer obrigar instituições de ensino superior a prover local adequado para coleta a ser realizada por alunos e servidores

Clodoaldo Magalhães, líder do Partido Verde na Câmara dos Deputados, apresentou projeto que quer tornar obrigatória a instalação de pontos adequados para a coleta de sangue por seus alunos e servidores e a realizar campanhas educativas de estímulo à doação de sangue. O projeto deve passar pelas comissões de saúde e de constituição e justiça da Casa.

Segundo o autor, dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 2022, apenas 1,4% da população brasileira doa sangue regularmente. “ Tivemos um momento crítico de doação durante a pandemia, quando os estoques estiveram muito baixos. Mesmo agora com a retorno da regularidade, ainda estamos abaixo do que preconiza a Organização Pan-Americana de Saúde, que é um ideal de 2% da população e muito longe da Europa, que consegue mobilizar índices maiores”, comenta Clodoaldo.

O projeto prevê que a doação de sangue por alunos, servidores e demais doadores deverá ocorrer em parceria com os órgãos sanitários responsáveis pela coleta e distribuição de sangue, conforme normas técnicas do órgão federal de fiscalização sanitária. De competência das instituições será também a manutenção dos registros atualizados sobre a realização das campanhas educativas e sobre o número de doações de sangue realizadas por alunos, servidores e demais doadores.

“A realização de campanhas educativas pode ajudar a desmistificar o processo de doação e incentivar mais pessoas a se tornarem doadoras. Nesse sentido, é importante que as instituições de ensino superior dos cursos de Medicina atuem como agentes de conscientização e estímulo à doação de sangue, uma vez que possuem grande influência sobre seus alunos, servidores e via de consequência, sobre a comunidade”, explica o autor do projeto.

Por fim, a obrigação de realizar campanhas educativas e fornecer locais para a coleta de sangue também pode contribuir para a formação de uma cultura de solidariedade e responsabilidade social entre os alunos e servidores dessas instituições. “Tal cultura pode ser estendida para a sociedade em geral, aumentando o número de doadores e melhorando o atendimento aos pacientes que necessitam de transfusões sanguíneas”, finaliza Magalhães.

Sérgio Xavier

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