Piso da educação é discutido na Alepe

Piso da educação é discutido na Alepe

Deputado Gilmar Júnior critica governo do estado e é aclamado pela categoria

O auditório Sérgio Guerra, na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), não deu para quem quis. Os professores tomaram conta do espaço e de outras áreas da Assembleia para acompanhar a audiência pública sobre o Projeto de Lei Complementar 712/2023, do piso da educação. O PL, enviado pelo governo do estado em regime de urgência, reajusta em 14,95% o piso salarial de uma parte dos professores da rede pública estadual: aqueles que recebem abaixo de R$ 4.420,50. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação de Pernambuco (Sintepe), o PL beneficia 6.281 mil profissionais, mas deixa de fora mais de 52 mil.

Muitos deputados estaduais compuseram a mesa da reunião, entre eles Gilmar Júnior (PV), que é enfermeiro e presidente do Conselho de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE). “A luta de vocês inspirou a luta pelo piso da enfermagem. Mas ver vocês aqui me assusta um pouco, porque acho inconcebível que professores precisem mendigar um reajuste mais do que merecido!”, o deputado iniciou a fala.

Em vários momentos do discurso, Gilmar Júnior foi aclamado, numa clara demonstração de identificação entre as categorias da educação e da saúde. Vale lembrar que o piso dos profissionais da enfermagem voltou a valer no dia 15 de maio, após o ministro Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), extinguir a liminar que suspendia a lei.

O parlamentar se mostrou favorável ao pedido dos professores de reestabelecer uma mesa de diálogo, com o governo do estado, para chegar a um acordo melhor para a categoria: “Sou 100% contrário ao regime de urgência para essa pauta! Estamos diante de professores, deveríamos ficar calados e aprender com o que vocês têm a dizer! Acredito que deveríamos voltar à escola para aprender a respeitar quem nos ensina!”, concluiu Gilmar Júnior, sob acalorados aplausos.
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Sérgio Xavier

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