_Turistas e moradores puderam participar, de forma gratuita, dos eventos_
A Semana do Meio Ambiente foi comemorada em Fernando de Noronha com várias atividades, entre os dias 1º e 7 de junho. Foram oferecidas expedições à Ilha Rata, gincana ambiental, sarau com leitura de contos ambientais, ioga, trilhas, atividades escolares, ações educativas e demais ações. A população pôde participar, de forma gratuita, dos eventos, que foram organizados pela Superintendência de Infraestrutura, Obras e Meio Ambiente do distrito, com apoio de parceiros como Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha, Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), projeto Tamar, Instituto Ambiental de Fernando de Noronha (Iafeno), Golfinho Rotador, Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), Corpo de Bombeiros, Museu dos Tubarões, entre outros.
As atividades foram pensadas para as crianças e adultos, com o objetivo de que eles ficassem inteirados com os assuntos relacionados ao meio ambiente do arquipélago, conhecendo um pouco mais sobre Noronha. A intenção foi sensibilizar a população para a causa ambiental, fazendo com que seja conservado o meio ambiente da ilha.
A programação começou na quinta-feira (1º), com uma solenidade de abertura no Forte Noronha, e contou com as presenças da administradora da ilha, Thallyta Figuerôa, e da secretária estadual de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha, Ana Luiza Ferreira, entre outras autoridades. No final da tarde, para simbolizar o evento, foi plantada, no Forte, uma muda do feijão bravo, que é uma planta originária da ilha.
Noronha é o que é para o turismo por conta do meio ambiente e da sustentabilidade. Então, pudemos desenvolver em todos esses dias várias ações que iremos fortalecer ao longo dos anos. Foi uma semana de muita entrega e dedicação dos envolvidos. Quem participou das atividades percebeu que a gente precisa cuidar cada vez mais da sustentabilidade na ilha, na mudança de hábitos diários, para proteger esse paraíso que é Fernando de Noronha. Essa deve ser a missão de todos os que moram, trabalham e visitam o arquipélago, destacou Thallyta Figuerôa, durante a abertura oficial da Semana.
Já no dia seguinte, sexta-feira (2), aconteceu uma ação de conscientização do Plástico Zero, no Aeroporto Carlos Wilson. Durante a espera das bagagens, sacos de lixos começaram a surgir nas esteiras, para mostrar aos visitantes, de forma simbólica, os lixos deixados por eles durante a estadia, orientando como os turistas devem fazer para não poluir o arquipélago.
Ainda na sexta-feira, algumas pessoas puderam fazer a trilha do Piquinho, com o apoio do Corpo de Bombeiros. Na parte da tarde, a programação seguiu no Forte Noronha, com o painel de discussão sobre "Conservação oceânica e os desafios perante o aumento do lixo marinho". Entre os participantes, estavam representantes do projeto Golfinho Rotador, do ICMBio e a ex-BBB, ativista social e influenciadora verde, Domitila Barros.
Eu tinha um sonho de conhecer Fernando de Noronha porque a ilha já era conhecida como a mais sustentável do Brasil e uma das mais sustentáveis do mundo. 70% da ilha é uma unidade de conservação. Então, isso é um exemplo de que o nosso país é capaz, sim, de preservar e se tornar referência para o mundo todo, disse Domitila.
No sábado (3), 32 crianças da escolinha de surf Alma Solar participaram de uma gincana ambiental, que contou com perguntas e respostas e uma caça ao tesouro. Também teve limpeza das praias, onde foram coletados 50 quilos de resíduos. Na ação, além de representantes da Administração da ilha, através da Gerência de Meio Ambiente, estiveram presentes também integrantes do projeto Golfinho Rotador, Biblioteca Heleno Armando, Minuto Noronha, ICMBio, Neoenergia e Paleta da Ilha. À tarde aconteceu a leitura de contos ambientais na praça do Tamar, com Guga Bezerra e Djalma Alves, sob o tema Amor e arco-íris e uma andorinha só. Ainda no sábado, turistas e moradores puderam conferir, no mesmo local, a exposição Caminho do vidro, organizada por parceiros ambientais da Administração.
A expedição à Ilha Rata, no domingo (4), levou moradores temporários e permanentes de Noronha para a segunda maior ilha do arquipélago, que está dentro da área do Parque Nacional Marinho. O lugar, que não é aberto para visitas, apenas para pesquisadores, só recebe visitantes em ocasiões especiais, como a Semana do Meio Ambiente. Lá, em companhia do chefe substituto do ICMBio, Marcos Aurélio, as pessoas puderam ver árvores nativas, espécie de animais ameaçadas de extinção, mabuias e ruínas de antigas construções e moradias, além do famoso farol que guiava as embarcações.
No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado na segunda-feira (5), alunos da Erem Arquipélago fizeram atividades voltadas à educação ambiental. Os jovens do ensino médio visitaram a Neoenergia e a Compesa, enquanto as crianças do fundamental tiveram atividades com quiz e brincadeiras, promovidas pela Gerência de Meio Ambiente, projeto Golfinho Rotador, ICMBio e Biblioteca Distrital. Já os estudantes do sexto ano foram à Ilha Rata. Eles ainda tiveram palestra de Domitila Barros, no auditório da escola. Pela manhã, no Mirante do Boldró, aconteceu um café da manhã, seguido de aulas de ioga, além de uma trilha para as pessoas verem o pôr do sol.
Como parte das comemorações e vivência da Semana do Meio Ambiente 2023, foi celebrado ainda, na segunda, os 37 anos da Área de Proteção Ambiental (APA), em Noronha. O evento ocorreu no Mirante do Boldró e contou com a participação da administradora da ilha e do chefe substituto do ICMBio Noronha, Marcos Aurélio da Silva, entre outros convidados.
Na terça-feira (6), alunos do Infantil 2 do Ciei Bem-me-Quer tiveram um momento especial de educação ambiental. As crianças plantaram coentro em rolos de papel higiênico e cada uma levou sua muda de planta para casa. Na parte da tarde, as crianças da instituição foram até o mirante da Baía dos Golfinhos e aprenderam mais sobre a fauna e a flora da ilha. Depois, no Forte Noronha, foi debatido o painel Desafio na discussão da biodiversidade marinha dos tubarões ao Peixe-Leão.
Na ocasião, representantes do Cemit, Corpo de Bombeiros, ICMBio e Museu dos Tubarões debateram esse tema tão importante para Fernando de Noronha, sobretudo a importância da disseminação correta de informações e orientações adequadas para turistas e moradores, afim de evitar incidentes com animais. Durante o debate, o Cemit anunciou a criação de um núcleo de educação ambiental em Noronha, mas sem data definida.
Encerrando a programação oficial da Semana do Meio Ambiente 2023, a Administração, por meio da Gerência de Meio Ambiente da ilha, realizou um painel com o tema "A necessidade da resiliência e adaptação às mudanças do clima". A atividade ocorreu no Forte Noronha e contou com convidados da Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha, entrou outras instituições, como Iclei (Governos Locais pela Sustentabilidade), representado por Keila Ferreira, e Instituto Ambiental de Fernando de Noronha (José Martins). O evento aconteceu nesta quarta (7), no começo da noite, e culminou com o lançamento do livro Scamonis, da escritora pernambucana Marcela Franca.
Foram longos sete dias de bastante interação com a sociedade e entes públicos, onde abordamos pautas importantes para o cenário internacional e o de Noronha. O sentimento que fica é o de gratidão a todo o povo noronhense por ter comparecido aos eventos, à comunidade escolar e aos parceiros que se engajaram nas ações, no planejamento e na execução da Semana de Meio Ambiente. O sentimento é de dever cumprido. Temos um grande trabalho a fazer, que é continuar preservando o meio ambiente e o ecossistema de Fernando de Noronha, resumiu Ramon Abelenda, gerente de Meio Ambiente da Administração.
Nesta quinta-feira, ainda em homenagem à Semana do Meio Ambiente, houve um plantio de 62 mudas de árvores. A atividade foi realizada pelas equipes da Superintendência de Educação, Gerência de Meio Ambiente e Econoronha, e ocorreu no viveiro de mudas do PIC Sancho.