Prefeito no episódio do Massacre de Animais de Caruaru, Zé Queiroz tenta emplacar nova imagem no guia como “amigo” dos pets

Prefeito no episódio do Massacre de Animais de Caruaru, Zé Queiroz tenta emplacar nova imagem no guia como “amigo” dos pets

Sem mandato na Prefeitura, desde 2016, Zé Queiroz (PDT), tenta retornar ao comando dos destinos de Caruaru, nestas eleições municipais 2024, e para tal, vem tentando se aproximar até de quem outrora, segundo denúncia, sofreu maus bocados durante a sua derradeira gestão. Um bom exemplo disso se refere à utilização de pets no seu programa eleitoral atual para divulgação de propostas de governo.

Ao lado de um cão, o candidato prometeu criar o Hospital Veterinário Público de Caruaru. Postura bastante diferente esta a que foi adotada pelo seu governo, há mais de 12 anos, quando 17 animais, sendo 15 cachorros e dois gatos, foram sacrificados de forma criminosa, segundo denúncia na época da ONG Uderva (União em Defesa e Respeito à Vida Animal), pelo até então Departamento de Vetores e Vigilância Animal da Secretaria Municipal de Saúde.

O episódio ganhou repercussão nacional e ficou conhecido em todo o Brasil como o “Massacre dos Animais de Caruaru”. Conforme a integrante da Uderva, Dayse Gonzalez, relatou ao UOL, no dia 17 de julho de 2012, ela e outro membro do grupo viram “agentes do Centro de Vetores e Controle Animal de Caruaru recolhendo animais que estavam soltos nas ruas de Caruaru e, em seguida, aplicando injeções letais nos 15 cachorros e dois gatos”.

De acordo ainda com a representante da Uderva, a morte em massa de animais se encontrava ocorrendo, há muito tempo, na cidade. “Dessa vez, fotografamos tudo e acionamos a polícia a tempo porque, além dos maus-tratos, os próprios agentes estavam desempenhando função de um médico veterinário ao aplicar injeções nos animais. O Departamento de Vetores só poderia matar esses animais se eles estivessem com leishmaniose ou raiva, que são doenças que põem em risco a saúde da população, mas não foi o que vimos. Eram animais debilitados por passarem fome, mas não apresentavam estar doentes”, explicou ainda na época, Gonzalez.

Também procurado pela reportagem, o governo de Zé Queiroz afirmou que as afirmativas eram improcedentes. Improcedentes ou não, o certo é que embora tenham já se passados mais de 12 anos, o chamado “Massacre de Animais de Caruaru” ainda permanece vivo na memória de quem defende os direitos dos animais. “Quando vi Zé Queiroz ao lado do cachorro no seu programa, me veio à mente imediatamente aquela cena horripilante de todos os corpos dos animais enfileirados e estirados numa lona. Confesso que fiquei com vontade de chorar! Se o governo dele foi responsável por aquela matança, como é que agora vai construir um Hospital Veterinário?”, comentou I.M.R, que preferiu não ter o nome divulgado, com medo de possíveis represálias.

Sérgio Xavier

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