Estranhas movimentações de Almir Reis podem prejudicar os advogados de Pernambuco
Nas últimas semanas, o candidato à presidência da OAB/PE, Almir Reis tem feito movimentações políticas que causam estranheza na advocacia. Reuniões com diretores e associados da Auditores-Tribunal de Contas do Estado e da Auditores Sindical-TCE/PE, além de uma visita à Associação dos Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE) tem deixado os advogados pernambucanos em alerta, preocupados com os rumos da categoria e a defesa das prerrogativas.
Na terça-feira (05), Almir esteve na Associação dos Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), recebido pelo presidente da entidade, Luiz Torres. Um dos trechos da matéria publicada no portal da ACS, “destaca o desejo de renovação na OAB e a expectativa de construir juntos novas possibilidades para os profissionais da advocacia em Pernambuco”. Este encontro causou muita estranheza pela advocacia militante que enxerga a força policial como um dos principais violadores das prerrogativas da classe. O compromisso assumido pelo candidato oposicionista Almir Reis acendeu o alerta entre os advogados de Pernambuco, que lutam pela garantia dos seus direitos.
No âmbito do Tribunal de Contas do Estado-TCE, a reunião foi com representantes de uma associação e um sindicato. Chama a atenção, a postagem no perfil das redes sociais, na qual informa que a reunião teve o objetivo de “conversar sobre a atuação de auditores de controle externo como advogados. A razão do encontro é a recusa de inscrições de auditores de controle externo no quadro da Ordem, sob justificativa de que haveria incompatibilidade para o exercício simultâneo das duas atividades, à luz do artigo 28 do Estatuto da OAB”.
O candidato Almir Reis, segundo a matéria, “se comprometeu a elaborar uma carta de compromisso para solucionar o impasse e assegurar os direitos dos auditores de controle externo”. Tal compromisso permitiria que uma categoria com estabilidade profissional e vultosos contracheques possa advogar e competir com a tão sofrida advocacia militante.
O Conselho Federal, órgão competente para discutir esse assunto, já tem o entendimento de que auditores não podem exercer essa função e concorrer com os advogados no mercado de trabalho.
“Isso é motivo de preocupação e devemos nos mobilizar como uma classe única, pelos nossos direitos, deveres e prerrogativas. Não podemos e não vamos aceitar qualquer mudança que possa beneficiar uns, prejudicando uma grande maioria que está todos os dias nos balcões dos fóruns”, afirmou Renan Castro, advogado, assessor Jurídico, Sindical e de Direitos Humanos.