Almir Reis e a interferência política nas eleições da OAB/PE

Almir Reis e a interferência política nas eleições da OAB/PE

Um Estado que tem uma instituição entre as mais respeitadas do Brasil com 93 anos de história, e onde foi fundada a primeira Faculdade de Direito do Brasil, Pernambuco não pode deixar que interferências político-partidárias coordenadas pelo candidato da oposição, Almir Reis, influenciem as eleições para a presidência da OAB/PE, programadas para o próximo dia 18. São grandes bancas de advocacia, sindicatos, associações e até partidos políticos que estão apoiando, em todas as esferas, a campanha de Almir Reis.

Para a coordenação jurídica da chapa Renovação Experiente, a preocupação se torna ainda maior quando se constata que Almir Reis não apresenta, de forma clara, quem são os integrantes que compõem a chapa oposicionista. Se não tem nada para esconder, por que a chapa de Almir não informa que a advogada Maria Emília de Ruêda é uma das integrantes da chapa?

Ela é irmã de Antonio Ruêda, atual presidente nacional do União Brasil. Maria Emília Ruêda também tem outras tarefas extrapartidárias: ela é a tesoureira do União Brasil, administrando um dos maiores Fundos Partidários do país, calculado em R$ 1 bilhão.

Na ânsia pelo poder, Almir tem feito alianças até com grupos estranhos ao exercício da advocacia. Recentemente, ele participou de reuniões e até assumiu compromissos com a Associação dos Cabos e Soldados de Pernambuco – ACS/PE. Ele também esteve com diretores e associados da Auditores -Tribunal de Contas do Estado e da Auditores Sindical-TCE/PE. Nunca na história das eleições pela presidência da OAB/PE se viu um envolvimento tão intenso de órgãos e partidos políticos.

A reunião com a ACS-PE foi um dos que mais chamaram a atenção, pois a advocacia militante enxerga a força policial como um dos principais violadores das prerrogativas da classe. Essas mobilizações notadamente políticas e que atendem a apenas um projeto pessoal, tem deixado a advocacia pernambucana em alerta, que se preocupam com os acordos firmados e que podem comprometer a defesa das prerrogativas.

Sérgio Xavier

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