Gilmar Júnior participará de ato em Brasília em defesa da PEC 19

Gilmar Júnior participará de ato em Brasília em defesa da PEC 19

As lideranças da enfermagem nacional estão mobilizadas e darão início a uma agenda de rua em defesa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de número 19/2024, no mês de março deste ano. A medida atribui aos valores do piso da categoria uma carga horária de 30 horas semanais e não de 44 horas. Além disso, a PEC 19 também reajusta os valores do pagamento.

Representante do segmento na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Gilmar Júnior (PV) estará em Brasília, no dia 12 de março, para participar do ato a ser realizado na praça dos Três Poderes, às 8h, em defesa da proposta.

“Vai ser um ato histórico, porque a gente está reiniciando a luta de rua por um piso digno para a categoria, para que haja justiça com os profissionais de enfermagem”, afirmou Gilmar Júnior, que preside o Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE).

De acordo com o parlamentar, houve toda uma articulação para que fosse designado um relator para a PEC, o que aconteceu ano passado. O senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi nomeado e já apresentou relatório favorável à proposta na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça do Senado (CCLJ). O próximo passo é a aprovação da PEC.

A mobilização que ocorrerá em Brasília foi divulgada, nesta sexta-feira (21), no Instagram oficial do deputado Gilmar Júnior, apresentando também a opinião do presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Manoel Neri.

“A enfermagem se unifica e se engrandece em momentos históricos como o que estamos vivendo agora. Quando isso acontece, alcançamos avanços importantes”, defendeu Neri. O ato está sendo organizado pelo movimento Gigantes da Enfermagem e conta com o apoio do Cofen.

Histórico

A PEC 19/2024 corrige a desconfiguração causada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na lei que instituiu o Piso Nacional da Enfermagem, de número 14.434/2022.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) de número 7222 atendia a grandes interesses que se opunham ao piso e pretendiam fazer com que esse direito da categoria fosse considerado inconstitucional. O movimento de inviabilização do piso é defendido especialmente na rede privada.

Ao não conseguir tornar o piso inconstitucional, porque a luta da categoria conquistou a inserção na Constituição de 1988, o STF desconfigurou a lei, atrelando o pagamento a uma carga horária de 44 horas semanais, normatizando a regionalização e também permitindo que os valores do piso fossem acordados entre os sindicatos e os empregadores.

“Então, nessa situação o combinado, segundo o Supremo, sobrepõe o legislado, o que é terrível. Muitas lideranças da enfermagem do Brasil, inclusive eu, iniciaram um trabalho de muita articulação para conseguir consertar os danos causados pelo entendimento do Supremo, que transformou o nosso piso num complemento e deixou esses valores totalmente desconfigurados”, explicou Gilmar Júnior.

Sérgio Xavier

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